quinta-feira, 10 de julho de 2008

Mulher-Melancia também gera reflexão!

Os críticos são sempre contundentes quando o assunto é “padrão de beleza”, e muitas críticas são feitas sobre a magreza excessiva que a sociedade considera ideal. Garotas jovens se influeciam por modelos célebres e magérrimas, e em certos casos desenvolvem distúrbios como bulimia e anorexia. E adivinha quem é sempre a maior vilã da história? Não, não é a Gisele Budchen, mas sim a mídia. Como sempre a mídia ocupa o lugar de grande entidade manipuladora, que faz lavagem cerebral nas pessoas pra vender o que bem entende.

Eis que de um tempo pra cá surge um novo fenômeno midiático, a famosa Mulher-Melancia. Apesar desse fenômeno ainda representar o culto ao corpo e à imagem – fato típico da nossa sociedade do espetáculo –, ela está longe desse “padrão magricela”. Mas Andressa – verdadeiro nome da persona – ainda é alvo de frequentes críticas. Além das reclamações sobre vulgaridade e futilidade, as mesmas pessoas que criticam o “padrão magricela” chamam Andressa de gorda e feia. (Contraditório, não?)

Sempre tive a impressão de que quanto mais popular o objeto, mais críticas negativas recebe. O próprio Samba - um de nossos símbolos nacionais - já passou por isso. Quanto mais “pop” mais “merda”. De fato, esse fenômeno frutífero de melancias, moranguinhos e jacas não é nada educador, conscientizador ou politizador, mas nós sabemos muito bem que o propósito da grande mídia (talvez infelizmente) não é esse. O grande propósito é o entreterimento. E é isso que as próprias pessoas têm buscado nos meios de comunicação.

A mídia para mim não é essa entidade toda poderosa que faz o que bem entende, na minha opinião ela está mais para uma caricatura da sociedade. Os meios de comunicação veiculam aquilo que as pessoas desejam consumir, existe uma demanda pra esses “lixos midiáticos” - como muitos consideram. A maioria das pessoas realmente querem ver a Mulher-Melancia na TV. Ou seja, paralelamente com uma mudança da mídia em sí, é necessário uma mudança nos desejos e expectativas das pessoas. Coisa que não é nada simples.

("Só mesmo com a revolução", diriam os marxistas)

Um comentário:

desabafodascalcinhas.blogspot.com disse...

Gostei do seu comentário.
Tomei conhecimento do seu blog no orkut na comunidade " Jornalistas blogueiros". Gostei do comentário. Mas cá pra nós : Não existe mulher " mais ou menos "? Tem que ser magra demais ou " cheinha" como a Melancia ? Não. Acho que a culpa não é da mídia. Imagina.....a mídia é o reflexo da sociedade. Quem consome é o leitor...telespectador..e vai por aí a fora. Bjs