segunda-feira, 29 de junho de 2009

A mídia social mais queridinha pelos 'queridinhos' da TV.

Em julho, a série Ger@l.com será uma nova atração na grade da Globo. Acho que vai ser um programa voltado para o público jovem no estilo Malhação, mas tem uma característica interessante nisso aí: o Twitter será utilizado ao vivo e depois que o episodio terminar.


Esse mix de mídias tradicionais e online não é novidade na televisão. Algumas novelas utilizam blogs e outros recursos da internet. Mas arrisco dizer que o Twitter é a mídia online mais querida pelos “seres televisivos”.


A televisão ainda é o meio de comunicação mais impactante no Brasil. Então não é a toa que os twitteiros mais seguidos pelos brasileiros são personalidades como Marcelo Tas, Luciano Huck, Marcos Mion e Luciana Gimenez.

Programas de TV também têm seus perfis no sistema de microblogs, e os seguidores também somam um número bem expressivo – como é o caso de “Roda Viva”, “Descarga MTV”, “A Fazenda” etc.

Até Silvio Santos vêm apostando no potencial do Twitter de instantaneidade e de fidelização do público.


Fora do Brasil essa realidade não deve ser muito diferente. Foi depois que Oprah Winfrey citou o Twitter em seu programa que boa parte dos americanos começou a cadastrar seus perfis – foi um boom. Outro americano que é um dos mais seguidos e ativos do Twitter é o ator Ashton Kutcher.


Mas por quê?


Fiquei pensando nos motivos do Twitter ser tão bem aceito entre as celebridades da TV e algumas coisas me chamaram atenção.

Nessa mídia social, a “amizade” entre os usuários não precisa ser mútua. Ou seja, no Orkut e no Facebook quando eu sou amigo do Fulano, ele também é meu amigo. Mas no Twitter ser seguidor de alguém não significa que ele também vai te seguir. O Marcelo Tas, por exemplo, é seguido por mais de 115.000 twitteiros, mas segue menos de 500.

Isso faz muito sentido quando falamos de celebridades. Afinal, milhares de pessoas são “seguidoras” de um famoso, mas a celebridade não conhece a maior parte de seus fãs.


Outra característica do Twitter é o caráter mais informativo do que pessoal. Lá não temos álbuns e nem listas de preferências pessoais. Um twitteiro pode ter uma breve descrição no seu perfil, mas o que realmente importa são os twitts – textos instantâneos de até 140 caracteres. Essa dinâmica faz do Twitter uma ferramenta mais estratégica e menos “intimista”.


Só para completar: vi notícias que o Twitter vai lançar um “selo” que confirma a autenticidade do perfil. O verdadeiro Marcos Mion, por exemplo, terá um selo confirmando que o apresentador realmente é dono daquele perfil. Isso tira a possibilidade dos perfis fake se passaram pelos famosos.


Mais um motivo para o Twitter virar a rede social mais queridinha entre os queridinhos da mídia.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Big Up"

A alguns anos atrás era fácil encontrar faixas de Drum’n’Bass tocando no rádio ou pela noite brasileira. DJ Patife, DJ Marky, XRS, Drumagik, Kaleidoscópio, Ramilson Maia e alguns outros produtores estavam em alta por volta de 2003. Abusando de influências da música brasileira, algumas tracks viraram verdadeiros hits dançantes, como: LK (do DJ Marky, que usa samples de Jorge Ben e Toquinho) e Sambassim (do DJ Patife, em parceria com Fernada Porto).

Pena que esse boom do DnB no Brasil não passou de uma onda. Ainda existe produtores se dedicando ao estilo, como Marcelinho Da Lua e seu projeto Bossacucanova, mas esse gênero da música eletrônica está fora da cena mainstream faz tempo.

Mas não é só de samplers de MPB e da Bossa-Nova que vive o Drum’n’Bass. Na verdade, essa mistura com música brasileira foi uma adaptação bem sucedida idealizada por DJs brasileiros.

O DnB é por excelência um gênero inglês. Foi nos guetos londrinos, no inicio dos anos 90, que surgiu o Jungle - que futuramente receberia a alcunha de Drum'n'Bass. Esse estilo misturava Reggae com batidas aceleradas de HipHop e timbres eletrônicos, o que rendeu uma sonoridade caótica e frenética.

Os "resíduos" do Reggae e do HipHop eram evidentes. MCs com sotaque da Jamaica cantavam nos microfones enquanto os DJs faziam scratches e outras técnicas comuns ao HipHop. Menções ao rastafarianismo, à maconha e aos "gangstas" também eram comuns.

A presença freqüente de drogas e “bad boys” (ou rude boyz, na gíria jamaicana) criou uma imagem estigmatizada na cena do Jungle – história parecida com o nosso Funk Carioca. Para melhorar essa imagem “marginalizada e periférica”, promoters e DJs trocaram o nome do estilo para Drum’n’Bass e reformularam totalmente as festas e clubs.

Hoje o Drum’n’Bass já se espalhou pelo mundo e ganhou diversas novas facetas. Levadas funkeadas e atmosféricas deram mais suavidade ao estilo “barulhento e gritado”, mas sem perder a percussão carecterística e a linha de grave marcante e bem trabalhada. (Drum = Tambor; Bass = Baixo)

Vou disponibilizar o download de um set que gravei algum tempo atrás. Como sou fã de Reggae, as faixas são bem puxadas pro Ragga. Muita influência jamaicana relembrando as origens do gênero!


Link 1: http://rapidshare.com/files/248658379/Dj_Vlad___Selassie_Influence.mp3.html

Link 2: http://www.megaupload.com/?d=1VV4944T

SETLIST:

BlackStar & TopCat - Champion Dj
Shy Fx & T Power - On The Run
Tribe Of Issachar - His Imperial Majesty
Dj Zinc & Eksman - Drive By Car
Dj Zinc & Eskman - Roll Slow
Ebony Dubsters - Murderation
Aries - Herb Smoke
Beenie Man - Dude
Dj Zinc - Flim
Benny Page - Turn Down The Lights
Visionary - You Can't Surrender
Potential BadBoy & Mc Fats - Girls
Calibre - Mr Maverick
Benny Page - Dub Room
Digital - Sound Killa
Cyantific - Reincarnation Dub
S.T. Cal - Red Light
SKC - Funky Nassau
>> Capleton - Slew Dem
Visionary - Can't Satisfy Her
Nu Tone - Work
Division One - Crazy
Potential BadBoy - Warn Ya
Rawhill Cru - Mo'Fire
Top Cat - Police In Helicopter
Marcelinho Dalua & Black Alien - Tranquilo
Prizna & Demolition Man - Fire
Shy Fx & Uk Apache - Original Nuttah
Debaser & Demolition Man - The Children

Duração: 75 Min

Tamanho: 88 Mb


P.S: "Big Up" é uma saudação do vasto dialeto falado pelos "Junglists".